domingo, maio 06, 2007
A FESTA DA PRAXE
FESTA DO DIA DA MÃE NO INFANTÁRIO DO MEU FILHO.
Eu expresso a minha opinião muito pessoal que estas festas da treta são só para as mãezinhas desocupadas ou que trabalham na função pública!
Eu tive de fazer uma ginástica desgraçada, levar com a incompreensão do meu chefe quanto à justificação destas festividades, ter de compensar o tempo em falta, sair a correr do trabalho, sem almoçar, esperar eternidades pelo combóio-que-para-em-todas e ainda cheguei atrasada ao infantário porque a maior parte das mães chegou 20 minutos antes da hora! Galinhas!
Eu só ponho os pés na FESTA DO DIA DA MÃE para que o meu filho não fique traumatizado ao ver os coleguinhas com as mães deles e o pobre se sinta abandonado pela mãe.
Habitualmente estas festividades são feitas no palco do salão de festas... e a mim não me apetecia nada subir ao palco para uma performance (se fosse karaoke tudo bem!).
Este ano encaminharam-me para a sala de aula dele: abri a porta e levei com mau-olhado das duas educadoras e de uma sala cheia de mães e filhotes. A única cara simpática e sorridente de orelha a orelha que vi foi a do MEU FILHO!
Sentei-me numa cadeirinha minúscula onde não cabia a minha "pandeireta" e ouvi uma versão muito estranha da "História da Carochinha", em que o João Ratão caiu no caldeirão não por gulodice, mas para tirar a luva que a carochinha tinha deixado lá cair... eu já hiperventilava. A mãezinha extremosa sentou-se com filha a estoirar de orgulho e fez-se um silêncio de morte...
Eu já suava por todo o lado!
O olhar sádico da educadora cai em mim e diz. AGORA A MÃE DO JOÃO VAI CONTAR UMA HISTÓRIA PARA NÓS!
Epá, por favor... IRRA!
Lá fui eu para a cadeira do castigo, mas contei uma história mix: CINDERELA-FLORIBELLA. O que interessava era manter o público interessado.
O meu filho brilhava de orgulho e sentou-se aos meus pés.
Sim, apanhei o público, todas as crianças viam a Floribella. Eu fiz um paralelo entre a História da Gata-Borralheira e da Floribella. Quando falava da Floribella estava tudo bem, quando ia para a Cinderela até bocejavam... voltei-os a apanhar quando disse que a Cinderela levava um vestido da Barbie, mas foi uma confusão com o púbico feminino das que tinham e das que não tinham a Barbie-Cinderela! No fim quando cheguei à parte do Baile já os estava a perder...tive de condensar tudo e ainda pedir desculpas!
Berraram todos em uníssono: VITÓRIA, VITÓRIA, ACABOU-SE A HISTÓRIA! Não sei se isto foi bastante depreciativo para mim ou se queriam mesmo ir lanchar!
Vi um monte de mães a observar desenhos que etavam no Hall e a rirem-se à gargalhada, mas eu opto por evitar ajuntamentos e segui estóicamente de mão dada com o meu filho na fila que se tinha formado atrás da educadora.
O lanchinho (!) foi no Salão de Festas e foi a tristeza do costume: mães que devoravam o comer dos gaiatos como se fosse haver um recolher-obrigatório e a comida passasse a ser racionada.
Eu mantive-me ao pé do meu filho e do melhor amigo dele. A educadora estranhou e veio-me perguntar se eu não comia nada - juntar-me áquele bando de hienas, credo! Dei uma desculpa esfarrapada...
Ela estava bastante simpática a falar da evolução pedagógica do meu pintaínho e eu estava a estranhar mesmo tanta simpatia.
Só descobri o motivo quando fui pedir a justificação à secretaria e fui ver os desenhos que as crianças tinham feito das mães.
TODAS as mães tinham o seu desenho em que apareciam elas com a cria pela mão. E as dedicatórias eram sempre do género: a minha mãe é linda, simpática, minha amiga, gosta muito de mim, gosto muito dela, é muito minha amiga...
Excepto o desenho do meu filho!
A mãe tinha barba e bigode e estava vestida como um prisioneiro.
A dedicatória era: "A minha mãe está de pijama"!
Percebi logo que a criatividade e arrojo do meu filho tinham estravazado, quase me vieram lágrimas aos olhos (de desespero) e veio logo a educadora pôr paninhos quentes... Eu estava pior que uma barata e só disse: "Eu nem uso pijama!"
Agarrei na justificação, na prenda que o meu filho tinha feito para mim e saí a deitar fumo pelas ventas... ainda ouvia o eco "não fique zangada com ele que o João não fez por mal!"
Ok... modalidade Zen: este ano só tenho mais a porcaria da festa de fim de ano lectivo e a festa do Natal.
Agora só para o ano volta a haver a famigerada FESTA DA MÃE!
Eu expresso a minha opinião muito pessoal que estas festas da treta são só para as mãezinhas desocupadas ou que trabalham na função pública!
Eu tive de fazer uma ginástica desgraçada, levar com a incompreensão do meu chefe quanto à justificação destas festividades, ter de compensar o tempo em falta, sair a correr do trabalho, sem almoçar, esperar eternidades pelo combóio-que-para-em-todas e ainda cheguei atrasada ao infantário porque a maior parte das mães chegou 20 minutos antes da hora! Galinhas!
Eu só ponho os pés na FESTA DO DIA DA MÃE para que o meu filho não fique traumatizado ao ver os coleguinhas com as mães deles e o pobre se sinta abandonado pela mãe.
Habitualmente estas festividades são feitas no palco do salão de festas... e a mim não me apetecia nada subir ao palco para uma performance (se fosse karaoke tudo bem!).
Este ano encaminharam-me para a sala de aula dele: abri a porta e levei com mau-olhado das duas educadoras e de uma sala cheia de mães e filhotes. A única cara simpática e sorridente de orelha a orelha que vi foi a do MEU FILHO!
Sentei-me numa cadeirinha minúscula onde não cabia a minha "pandeireta" e ouvi uma versão muito estranha da "História da Carochinha", em que o João Ratão caiu no caldeirão não por gulodice, mas para tirar a luva que a carochinha tinha deixado lá cair... eu já hiperventilava. A mãezinha extremosa sentou-se com filha a estoirar de orgulho e fez-se um silêncio de morte...
Eu já suava por todo o lado!
O olhar sádico da educadora cai em mim e diz. AGORA A MÃE DO JOÃO VAI CONTAR UMA HISTÓRIA PARA NÓS!
Epá, por favor... IRRA!
Lá fui eu para a cadeira do castigo, mas contei uma história mix: CINDERELA-FLORIBELLA. O que interessava era manter o público interessado.
O meu filho brilhava de orgulho e sentou-se aos meus pés.
Sim, apanhei o público, todas as crianças viam a Floribella. Eu fiz um paralelo entre a História da Gata-Borralheira e da Floribella. Quando falava da Floribella estava tudo bem, quando ia para a Cinderela até bocejavam... voltei-os a apanhar quando disse que a Cinderela levava um vestido da Barbie, mas foi uma confusão com o púbico feminino das que tinham e das que não tinham a Barbie-Cinderela! No fim quando cheguei à parte do Baile já os estava a perder...tive de condensar tudo e ainda pedir desculpas!
Berraram todos em uníssono: VITÓRIA, VITÓRIA, ACABOU-SE A HISTÓRIA! Não sei se isto foi bastante depreciativo para mim ou se queriam mesmo ir lanchar!
Vi um monte de mães a observar desenhos que etavam no Hall e a rirem-se à gargalhada, mas eu opto por evitar ajuntamentos e segui estóicamente de mão dada com o meu filho na fila que se tinha formado atrás da educadora.
O lanchinho (!) foi no Salão de Festas e foi a tristeza do costume: mães que devoravam o comer dos gaiatos como se fosse haver um recolher-obrigatório e a comida passasse a ser racionada.
Eu mantive-me ao pé do meu filho e do melhor amigo dele. A educadora estranhou e veio-me perguntar se eu não comia nada - juntar-me áquele bando de hienas, credo! Dei uma desculpa esfarrapada...
Ela estava bastante simpática a falar da evolução pedagógica do meu pintaínho e eu estava a estranhar mesmo tanta simpatia.
Só descobri o motivo quando fui pedir a justificação à secretaria e fui ver os desenhos que as crianças tinham feito das mães.
TODAS as mães tinham o seu desenho em que apareciam elas com a cria pela mão. E as dedicatórias eram sempre do género: a minha mãe é linda, simpática, minha amiga, gosta muito de mim, gosto muito dela, é muito minha amiga...
Excepto o desenho do meu filho!
A mãe tinha barba e bigode e estava vestida como um prisioneiro.
A dedicatória era: "A minha mãe está de pijama"!
Percebi logo que a criatividade e arrojo do meu filho tinham estravazado, quase me vieram lágrimas aos olhos (de desespero) e veio logo a educadora pôr paninhos quentes... Eu estava pior que uma barata e só disse: "Eu nem uso pijama!"
Agarrei na justificação, na prenda que o meu filho tinha feito para mim e saí a deitar fumo pelas ventas... ainda ouvia o eco "não fique zangada com ele que o João não fez por mal!"
Ok... modalidade Zen: este ano só tenho mais a porcaria da festa de fim de ano lectivo e a festa do Natal.
Agora só para o ano volta a haver a famigerada FESTA DA MÃE!
Etiquetas: Festinha de Infantário
