quinta-feira, maio 18, 2006

 

O Voo do Moscardo

Eu tenho fobias de estimação....uma delas é não poder ver traças e varejeiras a voar...dá-me um impulso incontrolável de as matar - as traças porque comem a minha roupa, as varejeiras porque largam ovos.
Acontece que entrou uma aqui no gabinete e como o meu computador se tinha finado e tava cá o amigo informático a tratar-lhe da saúde, lá vou eu em voo picado atrás da varejeira. O mal destes bichos é que não morrem à primeira porrada, por isso toca a desancar o insecto com um jornal até ficar uma polpa preta com asas. É claro que depois entro em paranóia porque tenho nojo e alguém tem de deitar aquilo para o lixo. Eu bem gritava aqui-del-rei, mas os meus dois colegas mais o chefe assistiam divertidos ao meu sapateado irlandês a solo. Vem mais assistência...de alta patente, que fica especado á porta perante tamanho espetáculo. Os sádicos dos meus colegas quando se aperceberam da minha fobia trataram logo do assunto - pegaram na varejeira e enfiaram-ma na mala juntamente com as mil coisas que já la estavam. Eu já não queria saber da alta patente à porta, gritava como uma condenada e agarrando na mala espalhei o conteúdo mesmo à porta e deparei com a cereja no topo do bolo: a varejeira em cima do meu estojo de maquilhagem...novo acesso de solo em blackmetal, gritava com toda a força dos pulmões. Por esta altura já estava o andar em peso a assistir á minha performance: QUE NOJOOOOOO....AAAAIIIIIII....TIREMMMMMM... e alguém se lembra: o maço de tabaco dela? Eu antecipando a ataque sádico escondo o maço abero mas esqueci o movimento de xadrêz do meu chefe que se dirigia aos detritos espalhados no chão. Eu lanço-me em voo picado porque já não queria saber se era nojeira agarrar na varejeira e o resultado foi: placagem ao chefe, golpe de karaté da parte dele - ele cai no chão, eu bato com a cabeça na mesa e caio em cima dele esquecendo-me que estava de saias (altura dos aplausos).
Segundo acto: o meu chefe tem um ataque de riso e não se consegue levantar...eu atordoada com a pancada não me levanto, nem saio de cima dele...o meu colega resgata um maço de tabaco novinho que estava no chão. Em conluio com o meu chefe agarram na fita cola e colam a varejeira ao maço de tabaco e a uma nota de 20 euros que tambem tinha saltado da mala.
- Deliberação do chefe: hoje não fuma nem almoça!
- Veredicto final do informático: coitadinha da bixinha, ainda tem as patinhas a mexer!
- Para que conste: Quem quer faz, quem não quer manda!
- Grande final: o chefe acusa-me de assédio sexual. Eu contra-acuso com processo de tortura psicológica. A varejeira morreu mesmo.

Comments:
Minha querida bloguista,
O relato varejeiral está com requinte. Ah pois está ! Eu diria mesmo, um verdadeiro nojo!

Então quer dizer k a querida amiga pactuou com uma tortura varejeiral … Já não bastava tentarem forçar a desgraçada a ler o jornal como decidiram dar-lhe uma nota de 20 euros para almoçar ? Já pensaram o que era darem-vos uma nota de 20 euros do tamanho de um packard para pagar o almoço ? Grunf … Já para não falar da fita cola … Pois não sei se te lembras mas a varejeira tem muitos pêlos …

Parece-me que a odisseia de Saias, chão, chefe, tortura e assédio sexual davam um bom elenco para um filme de comédia à la Woddy Allen. Mas o mais grave da questão é k culminou na morte da pobre barulhenta. Ai se a sociedade protectora dos animais tem conhecimento de tal crime … Nem queiras saber o que te acontece !
Reparei que o única pessoa sensível na cena do crime foi o informático (como n podia deixar de ser) lol ;o)

Beso
 
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